Fim da Construção: O Viaduto (trecho)
segunda-feira, julho 21, 2008Nos últimos dias de vida Mateus Correia parecera acanhado diante da gravidade do que lhe sucedia e mesmo vexado como se não merecesse tanto. Quanto mais se aproximava certa hora, mais sorria em modéstia para a esposa, numa infelicidade que até então não tivera certamente oportunidade de manifestar-se. Embora o minuto antes de morrer pudesse, pela urgência, ter durado tanto que lhe houvesse dado tempo de ter sido absolutamente feliz, como um cristal.
A cara parecia orgulhosa. Que faria alma tão inexperiente sem a solução que fora o corpo. Lucrécia chorava espantada.
E agora sozinha, ficava de noite escutando o silêncio da rua do Mercado.
Alguma coisa continuava a trabalhar sem barulho, ela na proa do navio — embaixo as máquinas funcionando quase sem ruído. Por um momento revia Mateus. E em bofetada, talvez ele nem tivesse tido quadris largos! fora apenas pálido, de bigodes.
Morrer do coração viera explicar aquela grossa calma e o escolher tantos pratos: bem, vou ver uma estrelinha.
[...]
A cara parecia orgulhosa. Que faria alma tão inexperiente sem a solução que fora o corpo. Lucrécia chorava espantada.
E agora sozinha, ficava de noite escutando o silêncio da rua do Mercado.
Alguma coisa continuava a trabalhar sem barulho, ela na proa do navio — embaixo as máquinas funcionando quase sem ruído. Por um momento revia Mateus. E em bofetada, talvez ele nem tivesse tido quadris largos! fora apenas pálido, de bigodes.
Morrer do coração viera explicar aquela grossa calma e o escolher tantos pratos: bem, vou ver uma estrelinha.
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