Pular para o conteúdo principal

Blog Clarice Lispector: meio milhão de visitas

O Blog Clarice Lispector completou meio milhão de visitas! Obrigado a todos os clariceanos e clariceanas. O Blog disponibiliza aos leitores de Clarice um selo comemorativo.

Olhara-o e descobrira na sua trêmula vitória a mesma perturbação. Ele lhe trouxera timidamente um grito. Fitaram-se um instante e tudo era indeciso, frágil, tão novo e nascente.
Clarice Lispector - O Lustre, trecho.


Comentários

É uma honra dividir este título com todos os amantes dessa mulher que revolucionou as entrelinhas da poesia
Maíra Cintra disse…
Amo Clarice por demais, me identifico com a forma que ela diz o "quem sou eu"... Estou seguindo. Convido a conhecer o meu cantinho mairacintra.blogspot.com. Bjo
Rafael Calvin disse…
meu blog voltou ao ar.
gostei do texto.
abraços.
rafa calvin
Parabéns Claricean@s!
Fênix27 disse…
Boa noite, nem sei o que comentar tão emocionada como estou. Sou igual a todos os seus fãs, adoramos tudo que escreve. Bem claro já sou sua mais nova seguidora.
Tenha um lindo final de semana.Espero que me visite, ficarei muito feliz e grata.
Bjos.
Parabéns!

O blog é maravilhoso e a Clarice está no nosso coração! Continuem com esse projeto lindo!

Um abração!

Pedro Antônio
Fênix27 disse…
Este blog é genial,uma grande escritora como foi Clarice Lispector,merece ter todo nosso reconhecimento.E ainda esta ao alcance de todos conhecer suas obras.Prabens ao administrador deste blog.
Felicidades.
Leticia Suzuki disse…
Que venham mais meio milhão de visitantes! Parabéns
Acho Clarice Lispector uma escritora inspiradora, de grandes verdades e sentimentos axalando.
Dê uma passadinha lá comoeudisse.blogspot.com

Beijos!
Que blog maravilhoso!!!
Amamos Clarice Lispector.Deixo o blog Belas Artes Médicas.Um grande
abraço.
Ana Marcia disse…
ola, será que alguem pode me ajudar, ha muitos anos atras li uma carta como se fosse de uma pessoa terminado um relacionamento, quando terminei de ler me falaram ler de baixo para cima ou ao contrario, sei que no final fiquei sabendo que era da =Clarice Lispector, quero muito ter a oportunidade de le-la novamente, signifca muito pra mim
É sempre maravilhoso ler textos instigantes com o da Clarice Lispector,quem já leu,percebeu a força da paixão que as palavras dela imprimem.Parabéns ao idealizador do blog,parabéns ao grande acesso.UM BEIJO NO CORAÇÃO EUM AFAGO NA ALMA...
Ana Marcia,

O texto a qual se refere deve ser esse (postado abaixo). No entanto, esse texto não é de Clarice Lispector.

Não te amo mais.
Estarei mentindo, dizendo que
Ainda te quero, como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci.
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
É tarde demais...
Olá, adoro Clarice e sou fã de suas obras... Parabéns pelo espaço aqui dado para essa joia rara.
Simplesmente, amei!
Maria Fernanda Alvarez disse…
Amo Clarice, sua sensibilidade me toca profundamente.
Sou colecionadora de livros e dela me faltam um ou dois títulos..Infelizmente as editoras não reeditam alguns textos preciosíssimos!O jeito é recorrer aos sebos em busca das primeras edições.Acabei de encontrar no site livronauta.com.br uma primeira edição do livro `Onde estivestes de noite?` e bem barato!!Ganhei na loteria rsrsrs.
Recomendo esse site aos leitores vorazes que torram o salário como eu...
Parabéns por difundir e ajudar a eternizar sua obra, sinto por quem a ama, como eu, uma espécie de intimidade e `parentesco`...Beijos

Postagens mais visitadas deste blog

O Ovo e a Galinha

De manhã na cozinha sobre a mesa vejo o ovo. Olho o ovo com um só olhar. Imediatamente percebo que não se pode estar vendo um ovo. Ver o ovo nunca se mantêm no presente: mal vejo um ovo e já se torna ter visto o ovo há três milênios. – No próprio instante de se ver o ovo ele é a lembrança de um ovo. – Só vê o ovo quem já o tiver visto. – Ao ver o ovo é tarde demais: ovo visto, ovo perdido. – Ver o ovo é a promessa de um dia chegar a ver o ovo. – Olhar curto e indivisível; se é que há pensamento; não há; há o ovo. – Olhar é o necessário instrumento que, depois de usado, jogarei fora. Ficarei com o ovo. – O ovo não tem um si-mesmo. Individualmente ele não existe. Ver o ovo é impossível: o ovo é supervisível como há sons supersônicos. Ninguém é capaz de ver o ovo. O cão vê o ovo? Só as máquinas vêem o ovo. O guindaste vê o ovo. – Quando eu era antiga um ovo pousou no meu ombro. – O amor pelo ovo também não se sente. O amor pelo ovo é supersensível. A gente não sabe que ama o ovo. – Qu...

O Primeiro Beijo

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme. - Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples: - Sim, já beijei antes uma mulher. - Quem era ela? perguntou com dor. Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer. O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros. E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca. E nem sombra de ág...

O Nascimento do Prazer (trecho)

O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer. A alegria verdadeira não tem explicação possível, não tem a possibilidade de ser compreendida - e se parece com o início de uma perdição irrecuperável. Esse fundir-se total é insuportavelmente bom - como se a morte fosse o nosso bem maior e final, só que não é a morte, é a vida incomensurável que chega a se parecer com a grandeza da morte. Deve-se deixar inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele é nós.