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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Feliz ano novo!

Feliz ano novo Clariceanos! "Tente entender o que pinto e o que escrevo agora. Vou explicar: na pintura como na escritura procuro ver estritamente no momento em que vejo -e não ver através da memória de ter visto em um instante passado. O instante é este. O instante é de uma iminência que me tira o fôlego. O instante é em si mesmo iminente. Ao mesmo tempo que eu o vivo, lanço-me na sua passagem para outro instante". Clarice Lispector , Água Viva. .

Concurso Cultural “Clarice Lispector: de escrita e vida”

O Blog Clarice Lispector está realizando uma promoção na qual o vencedor será contemplado com o livro “De Escrita e Vida – Crônicas para jovens”, organizado por Pedro Karp Vasquez. Neste livro, o editor seleciona trechos da obra de Clarice Lispector sobre o ato de escrever. Para concorrer ao livro “De Escrita e Vida – Crônicas para jovens”: O participante deverá elaborar um texto tratando da influência de Clarice Lispector em sua vida. 1 - Considerações importantes * O texto não poderá ser escrito com utilização da linguagem comumente usada na internet; * O texto deverá conter no mínimo quinze linhas; * O texto deverá ser escrito em prosa; * A atribuição de um título ao seu texto é opcional. 2 - Dos critérios de escolha * O Blog analisará se o escrito atende ao que foi pedido (um texto tratando da influência de Clarice Lispector em sua vida). * Clarice Lispector escrevia para se libertar, dessa forma, o concorrente é livre para transpor em palavras sua imaginação. Portanto, o Blog não ...

De amor e amizade

Amor e amizade inspiraram Clarice Lispector dezenas de vezes. Prova disso são as quatro dezenas de textos selecionadas pelo editor Pedro Karp Vasquez para a coletânea De amor e amizade – crônicas para jovens, primeiro de uma coleção que reunirá crônicas, escolhidas por temas, de Clarice Lispector. Sem prender-se a significados prosaicos, a escritora criou durante anos histórias que remetem a amizades daquelas sem tamanho, a amores para o resto da vida, a relacionamentos baseados na superficialidade e até mesmo ao episódio daquele amor destruído por causa de um bule de bico rachado. Passadas mais de três décadas da morte de Clarice Lispector, os textos confirmam que esses sentimentos permeiam relações e gerações. Os textos escolhidos apresentam-se impregnados pela forma incomum com que a escritora transporta para o papel seu jeito de ver o mundo e de lidar com o amor e a amizade. Linha após linha, Clarice conduz seus leitores pela “mistura de observações das miudezas do cotidiano com va...

De Escrita e Vida

Avessa a teorias e análises técnicas da literatura, Clarice Lispector nunca deixou de refletir sobre a escrita e o ato de escrever em seus romances, contos e crônicas. “Em Clarice vida e escrita se fundem e se confundem de tal forma que é difícil dizer onde começa uma e onde termina a outra”, afirma Pedro Vasquez, organizador da coletânea De escrita e vida – Crônicas para jovens, que chega às livrarias pelo selo Rocco Jovens Leitores. Segundo título da coleção que reúne crônicas de Clarice Lispector escolhidas por temas e selecionadas especialmente para os jovens que travam os primeiros contatos com a obra da autora, De escrita e vida traz as crônicas da escritora sobre o ofício de escrever. Depois de falar De amor e amizade no primeiro livro da coleção Crônicas para Jovens, os textos deste De escrita e vida revelam as alegrias, dores, angústias e, acima de tudo, a estreita ligação entre o simples ato de respirar e a necessidade de escrever da autora de A hora da estrela e A paixão seg...

Clarice respira!

Clarice respira em cada um de nós, à medida que nos faz sentir. Dia 09/12, 33 anos da morte de Clarice Lispector. Água Viva Fixo instantes súbitos que trazem em si a própria morte e outros nascem - fixo os instantes de metamorfose e é de terrível beleza a sua seqüência e concomitância. Agora está amanhecendo e a aurora é de neblina branca nas areias da praia. Tudo é meu, então. Mal toco em alimentos, não quero me despertar para além do despertar do dia. Vou crescendo com o dia que ao crescer me mata certa vaga esperança e me obriga a olhar cara a cara o duro sol. A ventania sopra e desarruma os meus papéis. Ouço esse vento de gritos, estertor de pássaro aberto em oblíquo vôo. E eu aqui me obrigo à severidade de uma linguagem tensa, obrigo-me à nudez de um esqueleto branco que está livre de humores. Mas o esqueleto é livre de vida e enquanto vivo me estremeço toda. Não conseguirei a nudez final. E ainda não a quero, ao que parece. Esta é a vida vista pela vida. Posso não ter sentido ma...