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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Concurso Cultural: 1° lugar.

A Descoberta de uma alma. Bruna Mendes Roza Rodrigues Blog: http://bubuhdulce.blogspot.com Nunca soube realmente o que eu era ou o que eu deveria ser. Nunca soube sorrir na hora errada ou afogar-me em lágrimas na hora certa. Nunca soube decidir o quão seria forte, ou não. Porém, desde que soube o que minha alma pensa, passei da ilusão para a verdadeira solidão. Descobrir o verdadeiro valor de um sorriso talvez se encontre na mesma intensidade de descobrir o sopro da palavra, já que lá do fundo vem o verdadeiro reflexo do que encontro em minha alma. Nisso, Clarice me inspira. Clarice consegue reviver cada pedaço da minha carne, do meu olhar ao redor de um mundo que nada vale, que dificilmente escolhe-me. Sua influência transgride o nada para o tudo, o vazio para o completo. Seu olhar sobre o mundo passa a mim a clareza do que posso ou não encontrar em uma vida que ainda não encontrei. Clarice leva-me para um interior no qual ainda não havia encontrado. Um interior nulo e completo de eni...

Concurso Cultural: 2° lugar.

Clarice em minha vida Nara França Blog: http://ironia-cronica.blogspot.com Clarice Lispector me foi apresentada, quando eu tinha dez anos de idade, por uma professora, que disse achar que eu fosse me identificar com a escritora. “Perto do Coração Selvagem” foi o primeiro livro de Clarice a me tirar do chão, me jogar no abismo, de olhos fechados, e me fazer voar... Até hoje, leio e releio Clarice, aos sobressaltos – alma inquieta, ferida constantemente aberta. Ao saber da existência de Clarice, passei a saber cadinho mais da minha própria existência – o olhar dela sobre a vida não me deu, não me dá, respostas, mas sim, mais e mais indagações. E, até hoje, mantenho esses encontros e reencontros com ela – lendo e relendo Clarice Lispector, com a sensação de ter nas mãos – entre as páginas de cada livro dela – o próprio coração da escritora, que ainda pulsa, e causa êxtase... A vida de Clarice continua permeando a minha vida. A cada releitura, Clarice me fala tanta coisa. Mesmo quando ela ...

Concurso Cultural: 3° lugar.

Clarice Lispector: a diva na vida de uma medíocre mortal Lindiane Cardoso Blog: http://asletras-eeu.blogspot.com Não me recordo da primeira vez que encontrei Clarice. Acho que foi no Magistério. Mas isso, não tem tanta importância. O que realmente importa é que seu nome me chegou como fruto do acaso, sem esperar, sem desejar. Ouvi, gostei da sonoridade, da força e beleza enraizada no sobrenome Lispector. Mais tarde descobri o seu significado e pensei: ela é uma lis no peito, uma flor que nós carregamos no lado inverso ao direito, naquele canto onde retumba o órgão encarregado de sentir o amor. Eu amo Clarice. Percebo isso todas as vezes que escuto seu nome: me arrepio; quando alguém diz que não gosta dos seus escritos, da sua “loucura” e complexidade: me armo de argumentos e defendo-a; sempre que escuto um elogio direcionado a seu respeito: fico contente e me gabo de conhecê-la; quando leio suas palavras: vejo-a diante de mim, viva, falando comigo com seus “rr” enrolados, problema de d...

Resultado – Seu link no blog

Caros Clariceanos, O Blog agradece a todos pelo envio dos links. Todos eles foram visitados e revisitados. Resultado final: http://nas-entrelinhaas.blogspot.com [ visite ] http://aartedaliteratura.blogspot.com [ visite ] http://www.obatomdeclarice.blogspot.com [ visite ] http://atorremagica.blogspot.com [ visite ] Blog Clarice Lispector.

Por Enquanto (A Via Crucis do Corpo)

Como ele não tinha nada o que fazer, foi fazer pipi. E depois ficou a zero mesmo. Viver tem dessas coisas: de vez em quando se fica a zero. E tudo isso é por enquanto. Enquanto se vive. Hoje me telefonou uma moça chorando, dizendo que seu pai morrera. E assim: sem mais nem menos. Um dos meus filhos está fora do Brasil, o outro veio almoçar comigo. A carne estava tão dura que mal se podia mastigar. Mas bebemos um vinho rosé gelado. E conversamos. Eu tinha pedido para ele não sucumbir à imposição do comércio que explora o dia das mães. Ele fez o que pedi: não me deu nada. Ou melhor me deu tudo: a sua presença. Trabalhei o dia inteiro, são dez para as seis. O telefone não toca. Estou sozinha. Sozinha no mundo e no espaço. E quando telefono, o telefone chama e ninguém atende. Ou dizem: está dormindo. A questão é saber agüentar. Pois a coisa é assim mesmo. Às vezes não se tem nada a fazer e então se faz pipi. Mas se Deus nos fez assim, que assim sejamos. De mãos abanando. Sem assunto. Sexta...

Obras disponíveis no blog

. Clique nos títulos para ler trechos: Minhas Queridas (2007) Como Nasceram as Estrelas (Infantil 1987) A Descoberta do Mundo (Crônicas 1984) A Bela e a Fera (Contos 1979) Quase de Verdade (Infantil 1978) Um Sopro de Vida (Romance 1978) Para Não Esquecer (Crônicas 1978) A Hora da Estrela (Romance 1977) A Vida Íntima de Laura (Infantil 1974) A Via Crucis do Corpo (Contos 1974) Onde Estivestes de Noite (Contos 1974) Água Viva (Romance 1973) Felicidade Clandestina (Contos 1971) Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres (Romance 1969) A Mulher que Matou os Peixes (Infantil 1968) O Mistério do Coelho Pensante (Infantil 1967) A Paixão Segundo G.H. (Romance 1964) A Legião Estrangeira (Contos 1964) A Maçã no Escuro (Romance 1961) Laços de Família (Contos 1960) A Cidade Sitiada (Romance 1949) O Lustre (Romance 1946) Perto do Coração Selvagem (Romance 1943) .

Seu link no Blog Clarice Lispector

Na barra lateral do Blog Clarice Lispector há um espaço, denominado “visite”, destinado a divulgar blogs e que é preenchida por dez links. Envie o link de seu espaço como comentário nessa postagem para que concorra a uma das quatro vagas disponíveis. Critério de escolha: - Relação do conteúdo do seu blog com o do Blog Clarice Lispector. Resultado: - Dia 15 de janeiro de 2011. Boa sorte! Participe do Concurso Cultural “Clarice Lispector: de escrita e vida” . .

Ele me Bebeu (A Via Crucis do Corpo)

É. Aconteceu mesmo. Serjoca era maquilador de mulheres. Mas não queria nada com mulheres. Queria homens. E maquilava Aurélia Nascimento. Aurélia era bonita e, maquilada, ficava deslumbrante. Era loura, usava peruca e cílios postiços. Ficaram amigos. Saíam juntos, essa coisa de ir jantar em boates. Todas as vezes que Aurélia queria ficar linda ligava para Serjoca. Serjoca também era bonito. Era magro e alto. E assim corriam as coisas. Um telefonema e marcavam encontro. Ela se vestia bem, era caprichada. Usava lentes de contato. E seios postiços. Mas os seus mesmos eram lindos, pontudos. Só usava os postiços porque tinha pouco busto. Sua boca era um botão de vermelha rosa. E os dentes grandes, brancos. Um dia, às seis horas da tarde, na hora do pior trânsito, Aurélia e Serjoca estavam em pé junto do Copacabana Palace e esperavam inutilmente um táxi. Serjoca, de cansaço, encostara-se numa árvore. Aurélia impaciente. Sugeriu que dessem ao porteiro dez cruzeiros para que ele lhes arranjasse...